O termo “artesiano” foi o nome dado a um poço da França no século XII, mas por mais que a origem do nome seja francesa, o poço artesiano não veio da França, existem indícios que essas obras eram feitas por chineses por volta de 5.000 a.C.
Todas as obras de perfuração do solo em formato tubular para fazer a captação de água são classificadas como poço tubular profundo e devem obedecer às normas NBR 12212/2017 e NBR 12244/2006.
De uma forma técnica, um poço é classificado como semi artesiano quando depois de perfurado necessita do uso de um bombeamento para a captação de água, estes poços possuem uma profundidade de 20 a 60 metros.
Já os poços artesianos são chamados de jorrantes, pois depois de perfurado a pressão da água é capaz de fazer com que ela suba até a superfície (desta maneira, a água jorra do poço). Esses tipos de poços são muito raros!
Porém, popularmente estes tipos de poços são divididos pela profundidade. Quando o poço possui uma profundidade maior que 60 metros a água é proveniente de uma camada de rocha e não do solo, estes são os chamados popularmente de poços artesianos.
Quando a instalação é para um poço raso (com profundidade de até 20 metros) a captação de água é de lençóis freáticos. Esse tipo de instalação também pode ser chamado de poço caipira, ou cisterna.
Então quer dizer que poços semi artesianos são as cisternas? A resposta é não! Estes se diferenciam nas características técnicas e econômicas, as cisternas possuem um custo baixo, mas apresentam um risco de contaminação alto devido a profundidade de captação. Os poços semi artesianos tem uma obra mais robusta, garantindo uma produção de água mais controlada e, com a captação mais profunda, o risco de contaminação é menor.